ECONOMIA

Tesouro Direto registra R$ 3,5 bilhões em vendas em janeiro

O total de resgates foi menor do que o de vendas

As vendas de títulos do Tesouro Direto registradas em janeiro foram maiores do que os resgates em mais de R$ 1 bilhão. De acordo com dados divulgados hoje (22) pelo Tesouro Nacional, as vendas registradas foram de R$ 3,5 bilhões, enquanto os resgates ficaram em R$ 2,47 bilhões.

No mês, foram contabilizadas 552.466 operações de investimento em títulos. Do total resgatado, R$ 1,556 bilhão é referente a recompras, enquanto R$ 920,7 milhões são relativos a vencimentos. Ao todo, 1.827.392 pessoas estão com saldo em aplicações no Tesouro Direto. O número representa um aumento de 13,2 mil na comparação com o mês anterior.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os indexados à taxa básica de juros (Selic), com um total de 50,5% das participações nas vendas. Já os títulos vinculados à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como o Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, registraram uma participação de 35,7% do total. Os prefixados totalizaram 13,8% das participações.

Nas recompras (resgates antecipados), predominaram os títulos indexados à taxa Selic, que somaram R$ 856,45 milhões (55,03%). Os títulos remunerados por índices de preços totalizaram R$ 427,27 milhões (27,45%), os prefixados, R$ 272,69 milhões (17,52%).

Segundo os dados divulgados pelo Tesouro, no que se refere ao prazo de emissão, 12,9% das vendas no Tesouro Direto no mês corresponderam a títulos com vencimentos acima de 10 anos. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 27,2%. Já as com prazo entre 1 e 5 anos representam 59,8% do total.

Estoque

O estoque total do Tesouro Direto ficou em R$ 80,91 bilhões, valor que representa aumento de 2,2% na comparação com dezembro de 2021, quando foram registrados R$ 79,19 bilhões. Na comparação com janeiro do ano passado, quando o estoque total estava em R$ 62,51 bilhões, o resultado representa um aumento de 29,4%.

Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 55,6%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 27,2%, e os títulos prefixados, com 17,2%.

Em relação à composição do estoque por prazo, 3,5% dos títulos vencem em até 1 ano. A maior parte, 62,0%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos correspondem a 11,3%, e aqueles com vencimento acima de 10 anos, a 23,2%.

As aplicações de até R$ 1 mil representaram 62,38% das operações de investimento no mês, enquanto o valor médio por operação ficou em R$ 6.342,02. Com relação à rentabilidade acumulada em doze meses, o destaque ficou com o título Tesouro IPCA+ 2026, que obteve alta de 1,18%.

© Marcello Casal | JrAgência Brasil