NOTÍCIAS

Mais de 6 milhões de pessoas morreram de Covid-19 no mundo, diz levantamento

O mundo ultrapassou a marca de 6 milhões de mortos por Covid-19, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O número foi alcançado pouco mais de 4 meses depois de o globo registrar 5 milhões de óbitos pela doença.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de mortes: 958,4 mil, de acordo com a Hopkins. O Brasil está em segundo, com 652.207, segundo o consórcio de veículos de imprensa. Só no último mês foram 22 mil óbitos registrados, a maior quantidade mensal desde agosto do ano passado.

Ao todo, 4 países da América, 4 da Europa e dois da Ásia compõem os dez com mais mortes em todo o mundo.
Hong Kong teve a maior média móvel de mortes confirmadas em relação à população na última semana, segundo o “Our World in Data”, ligado à Universidade de Oxford. A cidade vai testar toda a sua população, de 7,5 milhões de pessoas, três vezes neste mês, disse a agência de notícias Associated Press.

Apesar da alta disponibilidade de vacinas, os Estados Unidos têm menos de 65% da população totalmente vacinada. No Brasil, 72,5% da população já recebeu duas doses de vacina.
Apesar da enormidade do número, o mundo sem dúvida ultrapassou 6 milhões de mortes há algum tempo – por causa da subnotificação.

O chefe de dados do “Our World in Data”, Edouard Mathieu, disse que, conforme os números de excesso de mortalidade nos países são estudados, é provável que haja quatro vezes o número de mortos oficialmente relatado por causa da pandemia.

“As mortes confirmadas representam uma fração do número real de mortes devido à Covid, principalmente por causa de testes limitados e desafios na atribuição da causa da morte”, disse Mathieu. “Em alguns países, principalmente ricos, essa fração é alta e a contagem oficial pode ser considerada bastante precisa, mas em outros é altamente subestimada”, completou.

O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma primeira onda na Europa, em março e abril de 2020, que assustou o mundo e levou os países a adotar severas medidas de restrição para diminuir a proliferação do vírus.

O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos, primeiro na Europa, impulsionada pela variante alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, e posteriormente nos EUA, o que levou o mundo a atingir na época o recorde de mortes diárias.
O terceiro milhão de óbitos foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA quanto na Europa, após severas restrições e com a aceleração da vacinação. Ao mesmo tempo, os óbitos já começavam a crescer na América do Sul e na Ásia, a partir de março.

Já o quarto milhão foi marcado por uma disparada da pandemia na América do Sul e na Ásia, sobretudo por causa do Brasil e da Índia.
O quinto milhão, alcançado em novembro, viu altas de casos e mortes na Rússia.