A 32ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou, em audiência de custódia, no fim da tarde desta terça-feira, a liberdade provisória de Cesar Henrique Oliveira dos Santos. Ele foi preso na madrugada do último domingo, dia 6, suspeito de participação na discussão que antecedeu o assassinato de Lucas Ferreira Vianna, morto com um golpe de uma garrafa de vidro quebrada no pescoço. O menor de idade acusado de ser o autor do crime seguirá sob custódia.
Cesar Henrique foi preso na madrugada de domingo, na Rua da Quitanda, pouco após o crime, que foi cometido nas imediações da Praça Quinze. Ele estava na companhia do menor de idade, reconhecido por testemunhas como quem desferiu os golpes na vítima. No entanto, Cesar não foi apontado pelas mesmas testemunhas como integrante do grupo que discutiu com Lucas Vianna. Em depoimento, ele negou participação no crime e disse ter sido agredido por taxistas, que pensaram que ele estava envolvido na confusão.
Em virtude da falta de provas concretas do envolvimento do suspeito, o próprio Ministério Público requereu a liberdade de Cesar Henrique, pedido acompanhado pela defesa. Com isso, o Juiz Rafael de Almeida Rezende deferiu o pedido e concedeu a liberdade provisória até o fim das investigações do caso. Em suas justificativas, o magistrado ressaltou que o suspeito não possui antecedentes criminais, não foi reconhecido por nenhuma das testemunhas presenciais e que os indícios de autoria não são fortes o suficiente.
Já o menor de idade, este sim, apontado por testemunhas como autor da morte de Lucas Vianna, segue apreendido em custódia do estado. Ele deve responder por fato análogo ao crime de homicídio.
O crime ocorreu na madrugada do último domingo. Lucas Ferreria Vianna, que tinha 27 anos, estava em um bloco de carnaval na região da Praça Quinze, quando reconheceu o menor de idade como alguém que o teria assaltado na semana anterior. Ele foi tomar satisfação e iniciou uma discussão, sendo cercado por um grupo de homens. O menor então pegou uma garrafa quebrada e golpeou Lucas no pescoço. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Em seu sepultamento, nesta segunda-feira, dia 7, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, parentes e amigos lamentaram o jeito banal como Lucas morreu. Apontado como alegre e brincalhão, horas antes de ser morto, ele mandou um áudio em um grupo de WhatsApp brincando com o fato de ter de trabalhar no dia seguinte dizendo “prefiro viver”.
A Delegacia de Homicídios segue investigando o caso. Agentes fazem diligências em busca dos homens que cercaram a vítima durante a discussão. Há suspeita de que sejam integrantes de uma quadrilha que pratica assaltos a pedestres no Centro do Rio.