Os pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II, situado em Areia Branca, em Belford Roxo, tiveram um dia mais que especial na manhã desta quinta-feira (24-03). Através da oficina “Me Leva Que Eu Vou”, os 18 pacientes da unidade realizaram atividades e participaram de um piquenique ao ar livre na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Esse foi o terceiro passeio com a turma que já foi no Jardim Botânico, também no Rio de Janeiro, e no barracão de fantasias da escola de samba Inocentes de Belford Roxo.
O secretário municipal de Saúde, Christian Vieira, destacou que o trabalho realizado pelo Caps II é fundamental para melhorar a qualidade de vida do paciente, “Essa interação ajuda no desenvolvimento e no ciclo de melhoras do paciente”, avaliou Christian Vieira.
De acordo com a diretora do Caps II, Hanna Nazário, o objetivo é levar os pacientes para fora dos muros do Caps e reinseri-los na sociedade. “O local escolhido remete tudo o que queremos proporcionar aos pacientes: liberdade. Levar a um lugar amplo para ter contato com a natureza, se sentirem livres, ser eles e não reprimidos e encontrarem o preconceito do dia a dia”, explicou Hanna.
A assistente social Michele Pereira afirmou que esse é um momento terapêutico para os pacientes e fugir um pouco das atividades de dentro do Caps. “Esse momento de estarem ao ar livre proporciona a eles estarem ocupando novos lugares e territórios, ter de volta a cidadania deles e ter a sociabilização conversando com outros pacientes, equipes em outros lugares. Isso favorece muito na reinserção deles onde os colocamos como protagonistas. Eles decidirem onde ir, onde será o próximo passeio”, destacou Michele.
Ar livre sem muros
A psicóloga Silvana Nascimento chamou a atenção para o tempo que alguns deles ficaram em manicômios e como é importante respirar ar livre sem muros. “Precisam entender que eles são integrantes da sociedade. Esse é um trabalho que tem os deixado bem felizes e maravilhados, pois estão em um local em contato com a natureza, com outras pessoas, brincando, cantando e se distraindo”, finalizou Silvana.
A paciente de 50 anos, Vera Maria, agradeceu pelo passeio e por tudo o que oferecem no Caps. “O Caps é muito bom, cuidam muito bem da gente, participo de muitas oficinas, conversamos e eu falo também com a psicóloga. Hoje estamos todos juntos e felizes participando e compartilhando sobre nossa vida. Obrigada por tudo”, agradeceu.