O aumento dos combustíveis percebido por moradores do Rio é explicado pela entressafra da cana-de-açúcar, matéria prima utilizada na produção da gasolina e do álcool. A informação é do Observatório Social do Petróleo.
Um levantamento da USP aponta que o etanol anidro, usado na mistura com a gasolina, registrou a quinta alta semanal consecutiva, no início do mês, de 4,41%. Já o etanol hidratado subiu pela quinta semana seguida, e teve alta 4,71%, segundo dados levantados entre os dias 10 e 14 de outubro.
De acordo com motoristas que circulam pelo Rio, a variação encontrada nos postos do estado varia entre 10 a 20 centavos. A Petrobras informou que não produz etanol e a responsável pelo assunto é a União da Indústria de Cana de Açúcar. Procurada, a Única não respondeu.
Um dos motivos das diversas reduções no preço da gasolina neste ano foi a diminuição da alíquota do ICMS sobre os combustíveis. No Rio, o governador Cláudio Castro afirmou que vai manter a redução.
A medida ocorreu após o Governo Federal sancionar a lei que limitou o valor do imposto cobrado sobre os produtos. Dois meses após a redução, o Procon RJ fez um levantamento que apontou uma redução média de 32% nos postos do Rio.
Procurado, o Procon diz que recebeu denúncias de alguns postos e informou que vai averiguar na próxima operação. O SindComb informou que não fala sobre preços e esclareceu que os donos de postos são livres e determinam os valores que serão cobrados.
Já o Governo do Estado não respondeu sobre a elevação dos preços verificada pelos motoristas.
