POLÍTICA

Deputado Bebeto é absolvido pela Justiça Eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro absolveu, no dia 31 de outubro, o deputado federal Carlos Roberto Rodrigues, conhecido como Bebeto (PP/RJ), dos crimes de abuso de poder econômico e político, pela contração de uma quadrilha que organizava eventos nas ruas durante as eleições municipais de 2024 para difamar candidatos adversários.

Além do parlamentar, o deputado estadual Valdecy da Saúde (PL) e o ex-prefeito de São João de Meriti, João Ferreira Neto, o Doutor João (PL), também haviam sido declarados inelegíveis por oito anos, pelos mesmos crimes, após investigações da Polícia Federal (PF). A decisão foi proferida no dia 26 de maio deste ano pela juíza Renata Travassos Medina de Macedo, da 88ª Zona Eleitoral.

Após a decisão unânime da Justiça Eleitoral, Bebeto foi às redes sociais para agradecer pelo apoio recebido durante o processo.

Nunca perdi a fé
Em sua página do Instagram, o deputado escreveu: “Hoje é um dia muito especial na minha caminhada. O Tribunal Regional Eleitoral confirmou o que eu sempre acreditei: a verdade. Fui absolvido por unanimidade no processo que me tornava inelegível por oito anos. A justiça foi feita, e meu nome está limpo. Agradeço a Deus e a todos que estiveram comigo, orando e acreditando. Foram dias difíceis, mas nunca perdi a fé.

O tempo mostra quem anda com a verdade. Agora sigo livre e preparado para disputar a reeleição como deputado federal, com ainda mais vontade de trabalhar pelo nosso povo. Passarinho que acorda cedo bebe água limpa. E eu sigo com fé, gratidão e disposição pra continuar lutando por vocês”, escreveu.

Internautas reagiram à postagem do parlamentar. Um deles disse: “Deus é justo aos seus”. Outro escreveu: “Deus é bom o tempo todo,deputado. O trabalho vai continuar firme e forte”, postou outro.

Outros alvos na mira
A operação da Polícia Federal (PF) não se restringiu a políticos de São João de Meriti. Uma segunda fase da ação, deflagrada em abril de 2025 mirava endereços em Cabo Frio (RJ), Itaguaí (RJ), Mangaratiba (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG).

De acordo com as investigações, foram identificados indícios de uso de recursos não declarados à Justiça Eleitoral para beneficiar candidatos nas eleições de 2024. Há ainda indícios, segundo a corporação, de que o grupo criminoso destruiu provas armazenadas, principalmente, em meios digitais, para evitar a responsabilização criminal de seus membros.