Sindicato da categoria vem sendo multado em R$ 200 mil por dia de greve, de acordo com decisão liminar
Com o lixo se acumulando em diversas partes da cidade, a greve dos garis do Rio de Janeiro chega em seu 8° dia nesta quinta-feira (7). Mesmo após duas audiências de conciliação e três assembleias de trabalhadores, Comlurb e funcionários ainda não chegaram a um acordo para que a coleta de lixo no município volte à normalidade.
A greve teve início no último dia 28 de março, quando o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que representa os trabalhadores da Comlurb, decidiu pela paralisação.
Na última sexta-feira (1), diante da forte chuva que caía no Rio, o sindicato determinou a suspensão temporária da greve da categoria. A paralisação dos trabalhadores foi retomada na segunda-feira (4). Ao todo, são sete dias completos de greve dos garis no Rio de Janeiro.
Na última quinta-feira (31), os garis do Rio rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada durante a assembleia da categoria, no Clube dos Aliados, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
A decisão pela manutenção da paralisação foi uma resposta a proposta de reajuste salarial formalizado em conjunto pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e a Comlurb, durante a audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na quarta-feira (29).
O acordo oferecido aos trabalhadores propunha um reajuste acumulado de, aproximadamente, 10% ao longo de 2022. A proposta seria por um aumento de 6% em março, 2% em agosto e mais um percentual que poderia chegar a 2% em novembro (mês da data-base do serviço público municipal).
Os garis alegam que estão sem reajuste salarial há três anos e a empresa argumenta que não tem orçamento para atender todas as reivindicações dos trabalhadores.
Antes da última rodada de negociações, a categoria pedia um reajuste de 25% nos salários; 25% no tíquete alimentação; a conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS); e a implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs).
Antes do anúncio de greve, a Comlurb ofereceu um aumento de 2,5% para os trabalhadores. A segunda proposta colocada à mesa chegou em 4% de reajuste salarial. Na primeira audiência de conciliação, a empresa concordou em aumentar a proposta para 5%.