Convite foi feito pelo deputado licenciado Rodrigo Maia, que será oficializado no comando nacional da legenda
O vereador Davi Perini Vermelho, o Didê, presidente da Câmara Municipal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, vai comandar a Secretaria Executiva do PSDB no Rio de Janeiro. O convite foi feito pelo presidente da legenda, o deputado federal licenciado Rodrigo Maia.
Segundo Didê, ele recebeu a missão de olhar os rumos da política no estado. “Recebi a missão de comandar o PSDB no nosso estado e remontar o partido. Aceitei o desafio e vou trabalhar duro para dar conta do recado. Essa será a minha segunda legenda. Em toda a minha vida pública tive apenas um partido, o DEM, onde estive por 14 anos. Saí junto com o presidente Rodrigo Maia para essa nova casa e vamos batalhar para colhermos bons frutos nas urnas, nas eleições deste ano”, publicou Didê em suas redes sociais.
Missão é fechar a lista do tucano
A missão de Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é de fechar a lista de candidatos da legenda para o pleito deste ano. Cerca de 90 nomes devem deixar o partido desde que Maia anunciou sua filiação, na semana passada.
Isso se deve após a direção nacional do PSDB costurar um acordo com o PSD para que os tucanos apoiem o candidato do prefeito Eduardo Paes para o governo do estado, o que desagradou a base que apoia o governador do Rio, Cláudio Castro.
Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, ele só irá se manifestar publicamente após o dia 2 de abril, quando já estará oficialmente à frente da legenda no Rio. A aliança entre os dois partidos também bagunçou o desenho da terceira via no estado.
O projeto inicial de Paes previa uma aliança entre PSD e PDT, que lançou o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves como pré-candidato ao governo do Rio. Rodrigo Maia, no entanto, é secretário estadual de Projetos e Ações Estratégicas e coordenador do programa de governo de João Doria. A configuração gera dúvidas sobre quem seria o candidato presidencial em uma eventual coligação com os pedetistas de Ciro Gomes.
Imbróglio no movimento
Para concorrer a eleição ao governo do Rio, o PSD lançou o nome do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, afilhado político de Paes. O movimento de apoio a Santa Cruz, retirou do PSDB o apoio a Cláudio Castro e não agradou a ala próxima ao secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos.
Max disse que vai deixar o partido e se filiar ao PROS nesta sexta-feira (31). Ele estima que 38 pré-candidatos a deputado federal e 52 postulantes a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio vão deixar o PSDB junto com ele. No entanto, segundo Lemos, o problema não é o nome de Maia, mas a federação entre PSDB e Cidadania, que não apoia a reeleição de Castro.
“Como o Cidadania não concorda em apoiar Cláudio Castro, ficou difícil para o nosso grupo continuar no partido porque defendemos a continuidade. Nós não acreditamos em uma aventura neste momento em que o Rio está no caminho certo para a recuperação”, declarou.
A filiação ao Pros está prevista para acontecer em um evento com a presença do governador Cláudio Castro (PL), que atualmente conta com o apoio de 16 legendas.