O próximo dia ‘D’ de mobilização nacional para atualização da Caderneta de Vacinação da Criança e do Adolescente está marcado para 20 de agosto. A ação acontece em meio às baixas coberturas vacinais infantis.
Nos últimos três anos, por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro não atingiu a cobertura esperada contra a meningite que ficou abaixo de 80%. A meta da Prefeitura do Rio era chegar a imunização de 95% do público-alvo, os bebês de 3 a 5 meses de idade, com dose de reforço aos 12 meses. Nos sete anos anteriores a meta foi alcançada. No País a cobertura não é atingida desde 2016.
Para o pediatra e infectologista do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Marcio Nehab a situação é grave.
A meningite pode levar à morte e a vacinação é a forma mais indicada para prevenir a doença. Os sintomas podem ser dor de cabeça, vômitos, febre, recusa em mamar, sonolência, entre outros. A transmissão geralmente é através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta.
Apesar da baixa procura pela vacina, o número de casos não registrou aumento expressivo. Entre 2019 e 2021 foram 940 registrados. Bem abaixo dos mais de 1600 contabilizados na soma dos três anos anteriores. Em 2022 são 178 casos até agora. Desde 2011, o maior índice da doença é registrado na Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
A Prefeitura do Rio realizou duas campanhas de mobilização para aplicação de doses infantis em 2022, em abril e em junho. A baixa cobertura também é registrada também na imunização contra tuberculose, hepatite A, Poliomielite e Rotavírus. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
